REFLEXOES II - O segundo livro de CACI SASSI no Alvorada

Considerando que Caci participou com dois livros, o REFLEXOES I e REFLEXOES II decidimos publicar 3 materias ao inves das 2 convencionadas para cada participante.

A materia de hoje faz parte do REFLEXOES II.
O texto mostra o amadurecimento das ide'ias e o aprofundar das reflexoes da autora.
Tambe'm se observa uma relacao mais i'ntima, um que de "mais `a vontade" com as novas probabilidades de vida que encontrou.
Alem de um comprometimento com elas.

Vejamos:


METAS

Dentre as inúmeras preferências que tive sobre meu futuro, uma era a de ser, de alguma maneira, “importante” neste mundo, para este mundo. Mas este, acredito, é um desejo comum à humanidade.

Essa importância pode ser o que convencionamos chamar de “fazer sucesso”, ou ser admirado, por si mesmo e por outros, seja através de algum talento, sorte, herança ou feito heróico. Pode-se dizer que eu tive um ego formado precocemente ou tinha uma enorme necessidade de reconhecimento. Ou os dois juntos, não sei ao certo.

Quando se vão eliminando as possibilidades (genialidade, riqueza, herança) permanece a esperança de alcançar o reconhecimento através das idéias que temos sobre o mundo, que possam representar algum valor. Fazer algo diferente usando a inteligência e as oportunidades.

Quando isso se concretiza em ideologias políticas, sociais ou religiosas, chamo isto de síndrome de “salvação do mundo”. “Sou importante porque estou lutando para salvar o mundo”. Uma versão adulta de nossos jogos infantis de príncipes guerreiros e princesas corajosas.

Porém, e acho que isso acontece com a maioria das pessoas, segui uma vida convencional. Estudo, profissão, trabalho, casamento, filhos. Não nesta ordem necessariamente, mas certamente cumprindo todas as etapas e papéis próprios de minha época, do meio em que nasci.

Mais tarde, (espero que não tarde demais) percebi que esse é um programa que abarca quase todo mundo. Veja só o que dizem quase todas as pessoas a respeito de seu futuro: “Quero ter uma casa, um carro, esposa(o) e filhos”.

Não vejo nada de errado no programa. Mas é bom saber que é um programa. Uma opção à qual você é condicionado desde cedo, sem conhecer ainda outras opções...

Então, do desejo de “fazer algo importante” passei para a consciência do dever: o dever imediato de criar os filhos, já que “fui pego” pelo programa. E, se desse tempo, fazer algo por mim e pelo mundo.

Busquei respostas na sociedade em que vivia, na profissão, na política, na psicologia, na religião, e em intermináveis conversas com outros seres humanos.

Tudo “normal”: encontrei as respostas para o nível de indagação que eu tinha, e entreguei minha contribuição também no mesmo nível: pouca disponibilidade de tempo, espaço ou energia para indagar, encontrar novas opções e atuar – igualzinho à maioria dos humanos deste planeta.

Concluí as etapas convencionais e, antes que mais funções surgissem (avô, terceira idade, aposentado) e eu me “adaptasse”, comecei a vislumbrar caminhos que antes não via e pude optar pela busca de liberação de Mim mesmo.

Esta opção se deu porque, de certa forma, e apesar da grande atração para o esquecimento que temos, não desisti de minhas inquietações.

E assim tive a oportunidade de encontrar outras pessoas que, como eu, buscam respostas sobre os milagre da existência humana na terra. O melhor que consegui até agora, compartilho com quem está aqui, junto comigo, lendo estas palavras.

O SHOW DA MENTE

Um dia vi que estava pensando de forma dispersiva (há, há, há, um dia só?). E senti que ia repetir algo que já tinha acontecido, quando passei alguns meses dando voltas mentais, sem conseguir fazer nada.

Pior, isso acabou por afetar meu corpo emocional e acabou atingindo o físico, com fortes sintomas de stress.

Por isso dei força a uma idéia, “a necessidade de um instrutor”.

Mas, sempre que manifesto o desejo de ser ajudado por alguém, para alinhar os pensamentos, os objetivos, as emoções, me recordo e repito: que o instrutor está dentro de mim.

Que, se eu quero um dia expressar o Ser, devo saber recorrer a Ele.

E digo: - Pai, ilumina-me! Pai seja o discernimento em mim! Instrua-me!

Lembrei-me agora que uma aplicação para o pensar é o fazer. Pense e faça. Não deixe acumular pensamentos. Acumule energia não falando e aplique-a fazendo.

Tirar a atenção do “Mundo dos Desejos”. “É necessário depor todos os desejos em prol da liberação do ser”. Eu costumo dizer: concentre todos os desejos em um só: Ser........

Todos esse pensamentos são isso: pensamentos. A idéia é liberá-los um pouco, escrevendo, mas sem ficar preso neles. Para chegar, pouco a pouco na verdadeira expressão do Ser, a qual é cada vez mais pura. Menos cheia de palavras. Mais objetiva, clara e definitiva. Mais próxima da verdade, portanto.

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