INTRODUÇAO


Estão escondidos na aurora alguns dos melhores momentos para o contato íntimo com nosso interior. Alvorada – O Despertar da Alma vai revelar, aos poucos, as experiências de 22 pessoas, na busca de estabelecer uma relação mais profunda, clara e amorosa consigo mesmas. Num gesto de boa vontade ao serviço impessoal à vida e de esforço consciente para encontrar a via de serviço do Ser aos demais. Entre nessa aventura, também...

31/10/2008

Segunda Postagem para Rosa Torres

Este texto caracteriza bem o que é a Rosa, em sua forma de expressar-se e de se conduzir. Seja nas relações interpessoais, seja na relação com o mundo. Predominam o otimismo e a persistência para que as coisas saiam da forma que ela considera a melhor.
Segue o texto.


O Prazer de Ser Útil

Acordo, abro os olhos...
Vejo a luz e sorrio!
Agradeço à Vida
que me proporciona mais uma
oportunidade de vir a ser útil a meu próximo.
Agradeço o inventário de ações passadas minhas,
conscientes e as não conscientes, porém vindas do SER
que hoje me legam essa adicional oportunidade.
Não sei se terei a glória de desfrutar do prazer de ser útil...
Tudo depende de quão desperta e atenta eu me consiga manter,
Focada em minha origem divina e em meu propósito de Servir
segundo A Vontade de Meu Pai-Criador.
Pode ser que eu me distraia, que a atração dos sentidos e a
gravidade da matéria
me façam esquecer o propósito de minha alma....
E, à noite, lamentarei, amargamente,
haver-se esvaído mais um dia
na ampulheta de um tempo
que não sei quando termina.
Porém, sei que corre rápido quando é inútil,
quando passa sem que se tenha servido a alguém.
Quantas vezes fui útil ao longo da minha existência?
Quantas vezes exerci meu natural dom conciliador e evitei discórdias?
Quantas vezes equilibrei desbalanços e insuflei otimismo aos que não o tinham?
Quantas vezes transformei um ser angustiado em uma alma esperançosa? Quantas vezes?
Quisera fossem tantas que eu já nem soubesse.
Mas foram poucas... e me lembro, porque não há como esquecer o contentamento que me enche o coração quando, singelamente, posso ser útil a outro ser humano,
Quando, humildemente, conectada a Meu Pai Criador, sou um canal de expressão de Sua Divina Graça de Amar.

09/10/2008

Apresentando Rosa Torres

Esta postagem está fora da agenda regular.
Está adiantada 6 dias.
Mas me pareceu um desperdício não aproveitar a oportunidade única de apresentar uma autora no dia do seu aniversário.
Parece muito particular, verdade?

Rosa é amiga, amigável.
Inteligente e determinada.
Atenta a todos e a tudo ao redor, costuma-se dizer que tem olhos de águia.
Falou em viagem? Ela já está lá, especialmente se for por uma causa boa, bela e útil.
Fizemos umas tantas viagens com ela. É muito boa companheira de viagens.
Gosta de tudo que é bom e belo. E se empenha para tê-los e para desfrutá-los.
Seu único exagero é a mulher maravilha: faz de tudo pra dar conta de tudo. Não é necessário, Rosa. Isto pode ser feito depois... este outro não tem urgência! não se preocupe... Não tem como... ela não pára enquanto não faz tudo. Isto deve trazer-lhe alegrias, senão... já teria seguramente mudado de atitude.
Dinamismo... esta seria a palavra que escolheria para caracterizá-la bem.
Dinamismo na relação com o mundo, com as coisas.
Somado à diversificação: ela pode ser vista - num computador, preparando um jantar, servindo um amigo, com uma furadeira na mão, consertando algum objeto, lavando roupas, falando com um arquiteto, escutando uma música, tentando cantar... já deu pra ter uma idéia.
Seu ponto fraco? É tão rápida no doar que sobra pouco tempo para receber. Desbalanceia.

A seguir apresentamos um texto do seu livro Paisagens do Caminho, publicado no Alvorada - O Despertar da Alma.
Parece uma dança. Ou um salão de dança, com vários pares dançando. Pois seus textos, além de inteligentes, parecem ter música e... movimento.
Confiram.


PAISAGENS DO CAMINHO

Querido companheiro; são quase 4 meses sem nada escrever e tanto há por dizer. Como é possível deixar o tempo escorrer como se fôssemos eternos ou minimamente conhecedores de nosso destino? Como sei se estarei aqui amanhã para desnudar-me do que trago dentro?
Preciso desnudar-me do que trago dentro? Por que? Será que é importante que você saiba o que trago dentro? Ou será que, de fato, é importante para mim mesma? Não será que busco essa coerência entre o interno e o externo? Ser transparente?...
Para mim sempre foi frustrante não poder comunicar o que sinto, no fundo; o que sinto, de fato, além das palavras, além dos significados conhecidos por nossos códigos usuais, o que sinto em momentos elevados, em momentos em que, por alguma razão, produz-se uma abertura em meu espaço-tempo corriqueiro e vislumbro uma sutil lembrança-saudade inexplicável dentro dos padrões de minha vida cotidiana.
Hoje algo assim ocorreu quando de súbito ouvi a música:
Oh night! When Christ was born, oh! Night, oh, holly night, oh night divine!