Por Zilney Barbosa.
Nesta segunda postagem de Em Busca da Luz que EU SOU, é bom aclarar que o livro está composto de 10 partes.
Cada parte está baseada na visão de vida desenvolvida até a data, no conhecimento adquirido sobre o tema e na correspondente experiência, ainda que iniciante.
1. Apresentação
2. Quem Sou Eu?
3. De Onde Venho?
4. Onde Estou?
5. Aceitando-me.
6. Reconhecendo-me.
7. Experiências da Alma.
8. Experiências de Irmandade.
9. Sabio Uso do Tempo.
10. Para Onde Vou?
A matéria desta postagem está no conteúdo da "Parte 7. Experiências da Alma".
Constitui-se de um poema que relata uma experiência de encontro com a beleza, em um ambiente onde aparência externa representa um mero um pano de fundo.
Sendo o ponto central é a própria beleza.
O poema apresentará melhor a idéia e a experiência do que quaisquer palavras explicativas.
Assim, segue o poema "Encontro com a Beleza".
ENCONTRO COM A BELEZA
Que inusitado poderia parecer-me
Que aqui, neste meio de mundo,
Neste ermo árido e desabitado,
Nesta solidão de quilômetros -
Onde até as árvores se vêem poucas
E as flores se traduzem em minúsculas orquídeas
escondidas junto às pedras -
Eu encontraria rara beleza.
Olho do outro lado do rio de águas cor de ferrugem,
Onde o sapé ralo mal cobre a colina,
forrada de pedras brancas, partidas em pequenos pedaços,
e de uns tantos cristais de quartzo.
Nada aqui chama particularmente a atenção...
Nem mesmo a frondosa mangueira
Ou a solitaria palmeira,
Que bravamente sobrevivem,
perto do quase casebre.
Entretanto,
à medida em se passam os dias,
aos poucos, dentro de mim,
abrem-se os olhos que vêem a Beleza.
Beleza que está além das aparências.
E então, já não me é possível descer
Às três da tarde para o rio
sem plenar-me com a unidade dourada
do sol e do capim ressequido ao meu redor.
E é impossível não me extasiar
com o silencioso ruído das águas do rio,
reconfortante, caindo nas pedras ou
deslizando suavemente nas poças...
em direção a tantos outros rios...
Acocoro-me à beira d’água,
Inclino a cabeça e
Vejo-me aí refletida,
e toda a paisagem também está refletida.
Meu coração reconhece esta unidade
E minha alma, alimentada e agradecida,
se entrega à Beleza que a tudo permeia.
Graças eternas e infinitas,
O Ser que EU SOU.
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