INTRODUÇAO


Estão escondidos na aurora alguns dos melhores momentos para o contato íntimo com nosso interior. Alvorada – O Despertar da Alma vai revelar, aos poucos, as experiências de 22 pessoas, na busca de estabelecer uma relação mais profunda, clara e amorosa consigo mesmas. Num gesto de boa vontade ao serviço impessoal à vida e de esforço consciente para encontrar a via de serviço do Ser aos demais. Entre nessa aventura, também...

17/03/2009

EM BUSCA DA LUZ QUE "EU SOU"


Por Zilney Barbosa


Chegou o turno do meu próprio livro.

Estive avaliando se eu mesma o apresentaria ou não.

E decidi fazê-lo.

Como já me apresentei na postagem de 16/08/08, hoje será apresentado apenas o livro "Em Busca da Luz que Eu Sou".

O propósito deste livro foi compartilhar a trilha, a via pela qual tenho buscado a Sabedoria das idades, através da relação comigo mesma, com o outro, com o mundo, com o Pai-Mãe-Amor.

O motivo foi o reencontro da Dignidade em mim e em cada homem, mulher, criança - o sermos dignos de nosso Criador comum.

É fruto de 1o anos - entre 1992 a 2002 - de experiências, reflexões e trabalho sobre mim mesma, com meu companheiro e filhos e com outros buscadores... e é dedicado à Glória do Pai de Pais.

O fato é que a partir de uma certa idade, creio que entre os 27 e 30 anos, comecei a sentir-me indigna vivendo a vida como eu a vivia. Era uma vida boa, com muitos amigos, companheiros de trabalho, juventude, viagens, música, dança, diversão de bom nível... Mas percebia-me pequena, superficial, caminhando pelas margens do rio, sem ousar navegar em suas águas.

Pedi ajuda para encontrar caminho. E destino.

Veio ajudar-me o Ser da Liberação e da Oportunidade. E com eles a Compreensão de que para viver como desejava, era necessário pagar o preço para construir um outro destino. E construi-lo contando com o que eu dispunha em termos de genética, cultura, experiências, preparo, condições física, emocionais, intelectuais, espirituais... Ou seja, com o que eu sou.

Com os recursos que tinha, com os filhos ainda pequenos, com um companheiro bem disposto a fazê-lo comigo, também dentro das suas condições começamos.

Em especial, necessitava polir meu propósito, aclará-lo e mantê-lo no foco da minha atenção.

Confesso que também fazia parte das minhas condições uma consciência bem pequena acerca de mim, do outro, do mundo... E que pode ser observada claramente no livro.

Vou eleger um trecho do texto da APRESENTAÇÃO para esta primeira postagem.

Gratos por sua visita ao blog.



Tudo está gravado no corpo da memória humana. Trata-se de um universo de sensações, pensamentos e sentimentos que se constituem na base da relação natural de pais e filhos, do homem com homem. Um universo sutil, oculto, que habita em nosso sangue, em nossas células, e por estar tão intrínseco, torna-se tão difícil lidar com ele e trazê-lo à luz da consciência. Podemos passar toda uma vida e sequer nos darmos conta de que este universo sutil determina a maioria de nossas atitudes, de nossas decisões, encaminha nossos pensamentos e emoções, domina nosso caráter, sobrepondo-se quase sempre à inteligência, à sensibilidade, à beleza, à criação, alijando a vontade. Afinal são odores, sons, toques, imagens, prazeres, todos associados a uma condição – a condição humana - e definindo uma influência – família, país, história de vida - que vou chamar limite genético.

Não estamos tratando de qualificar o limite de bom ou não bom, mas sim, de apresentar outras possibilidades...

Bem, este limite genético totaliza a realidade enquanto vivermos dentro dos seus domínios. É um mundo mecanicamente organizado para funcionar a contento. Para os pais trabalharem, os filhos crescerem, enquanto o mundo gira. Uma etapa da vida.

É certo que a história de vida que construirmos pode melhorá-lo, mas não significa que nos leva a transcendê-lo.

Temos o direito de desconfiar do nosso “bem viver” social, do nosso sucesso profissional, porque afinal de contas, dentro de casa, a vida nem sempre é simples, nem descontraída ou divertida.

Temos o dever de reconhecer que o Cosmos é pródigo em prover-nos com o bem e a felicidade, e com a alternativa de ultrapassarmos este limite.

Temos o dever de ousar ver e ir além dos limites impostos por esta realidade.

Um dia decidi fazê-lo – atravessar este limite - e buscar os registros mais universais que também estão gravados no sangue, nas células; até encontrar a genética anterior à de meus pais e dos pais de meus pais, até à origem do homem, os registros que me mostram de onde vim, quem sou e para onde vou.

E é esta a experiência que compartilho neste trabalho, esta ousadia de penetrar labirintos escuros e plená-los com a Luz Una Universal que habita no âmago do que Eu Sou.

Por certo, não se trata de tarefa trivial, chegar até Quem Eu Sou, bater à própria porta, esperar ser recebido e ousar entrar quando a porta for aberta. É novo, assusta: e se for uma fantasia? E se for uma imaginação separada da realidade objetiva? E se for um delírio deste ego megalômano? Ademais, tememos a luz que somos. Tememos a felicidade. Tememos a Paz. Tememos o Amor.

É momento de decidir assumir conscientemente os riscos que a vida porta em si mesma: repetir um programa já estabelecido, com a segurança garantida e a contraparte de uma alma triste, sem perspectiva de expressão; ou abrir caminho, dia a dia, para uma desconhecida e possível realidade de nível mais elevado da existência humana?

Bato à minha porta, à porta do “Eu Sou O que Sou”, à porta de uma realidade mais objetiva, mais presente, onde aos poucos faço-me responsável de mim mesma. Assumo o Pai responsivo – aquele que responde quando é chamado e libero o outro - pais, filhos, companheiro, professores, trabalho, patrão, sociedade, governo nacional – de encarregar-se de mim.

Reconheço e agradeço todo o esforço que tem sido feito, nos diversos níveis da existência universal, em todos os tempos e espaços, por aqueles que trabalharam para cumprir com a Vontade Divina e fizeram possível esta minha experiência. Nem tenho idéia precisa dessa grandiosidade, mas desconfio, sinto seu cheiro, escuto sua música.

Autorizo o Pai a ajustar meus veículos para que eu possa cumprir com Sua Vontade, até que me seja possível assumir a responsabilidade da unidade com Ele. Até que seja eu mesma una com Ele. Declaro a soberania divina como propósito e conto com ela para que não me perca nos labirintos da vida.

Este é o testamento que ora declaro e registro, abrindo caminho a quem decida caminhá-lo e evitando re-trabalho às futuras gerações; ofereço-o como herança a Gabriel e Ramá, meus filhos - Cuide de você mesmo, ame a você mesmo, eleve a você mesmo quando estiver caindo e cumpra com sua tarefa, dia a dia. Aproveite a oportunidade de Liberação e Vida, de construir uma realidade mais verdadeira – Ser, no Ser onde todos somos, de reconhecerem-se e cumprir como uma célula no grande corpo da Unidade Una Única Universal, de integrarem-se à Irmandade Cósmica, confiar nela e participar da grande festa que o Pai nos preparou.
Graças,

O SER QUE EU SOU.




Um comentário:

Brasilia2013 disse...

Chegou seu tempo.. e revejo a coragem de seus passos, a decisão de não perder a oportunidade tão almejada de nadar neste rio de abundância que é o Caminho. Continue com a tocha levantada, iluminando meus passos e o de quem decidir, minha irmã. Graça por ser o Ser que és!